AT: Função x Papel x Profissão?
O acompanhante terapêutico (AT) ocupa um lugar singular no campo das práticas de cuidado e em especial na saúde mental, atuando na intersecção entre clínica, cotidiano e reinserção social. Sua prática não se limita a uma função técnica ou a um conjunto de tarefas predefinidas, mas se constitui como uma presença ativa que opera a partir do estar junto, do fazer com e do experimentar novos modos de existência. Abaixo alguns apontamentos que podem colaborar para uma visão a cerca dessa modalidade de cuidado. 1. Estar Junto: A Presença como Ferramenta Clínica Diferente de outras profissões da saúde, o AT não atua a partir de um distanciamento profissional típico de modelos tradicionais. Seu trabalho se baseia na proximidade, na disponibilidade afetiva e na construção de vínculos. Essa presença não é passiva, mas ativa e intencional, pois visa criar um campo de possibilidades onde o paciente possa se reconhecer e se mover de m...